Muitos produtos com agrotóxicos são vendidos como livres. São os falsos orgânicos

Os alimentos cultivados sem agrotóxicos costumam ser mais caros, porém, são mais saudáveis.

O Fantástico do último domingo (31/01/16) denunciou flagrantes de venda de falsos orgânicos devido à falta de fiscalização.

Para ser considerado um produto orgânico, além de não utilizar nenhum tipo de agrotóxico, o agricultor também precisa tomar certos cuidado.

Ele precisa:

• Preservar o meio ambiente
• Pagar o funcionário de forma justa
• Não utilizar fertilizantes químicos
• Nem sementes geneticamente modificadas.

Só assim ele terá um cultivado um produto considerado totalmente natural.

Em 2015 o comércio de alimentos orgânicos cresceu 25% no Brasil, e a previsão para 2016 é um crescimento ainda maior, de 35%.

O número de produtores de orgânicos dobrou no Brasil.

No meio desse mercado em constante crescimento, também surgiram os oportunistas, mais conhecidos como fraudadores.

De acordo com Antônio Alvarenga Neto, presidente da sociedade nacional de agricultura:

“Eles estão atrás de um dinheiro fácil, porque o valor do produto orgânico é, em média, 30% superior ao produto convencional.”.

Certamente, a feira de orgânicos mais antiga do Recife.

É um dos poucos locais onde os alimentos são fiscalizados, o Governo do Estado manda técnicos para recolher frutas e verduras para análise em laboratório.

Essa coleta começou em 2009, de lá pra cá 17% das amostras apreendidas apresentaram problema.

Isso significa que tinham resíduos de agrotóxicos.

O que foi feito a respeito?

Quando um resultado da análise de um alimento é insatisfatório, o chefe de inspeção vegetal comunica os coordenadores da feira e ao Ministério da Agricultura.

Contudo, só o Ministério da Agricultura tem o poder de tirar esses falsos agricultores do comércio, mas faltam fiscais.

Além do Recife, só existe mais dois estados onde há inspeção, que é em Santa Catarina e em Brasília.

A Promotora do Ministério Público do Ceará, Socorro Brilhante, alerta:

“Fazer uma propaganda enganosa de um produto que gera uma segurança alimentar e na verdade você está usando agrotóxico e abusando da boa fé das pessoas, isso é crime.”.

Na hora da compra o consumidor deve pedir para ver o registro do produtor e o certificado de orgânico.

Essa certificação reduz os riscos, mas não evita a fraude.

Para combater a fraude alguns produtores pedem mais fiscalização do Ministério da Agricultura.

Em nota o Ministério admitiu que o sistema é falho e dá margem à fraude.

Portanto, prometeu aumentar a fiscalização e garantiu que vai tornar as penalidades mais severas.

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Link para a matéria: http://g1.globo.com/fantastico/edicoes/2016/01/31.html#!v/4777342