São Francisco e a proibição das águas engarrafadas.

A fim de obter melhor controle de poluição, São Francisco se tornou a primeira cidade da América que proibiu as vendas das águas engarrafadas.

Certamente os impactos do plástico para o meio ambiente são bem conhecidos.

Ainda assim, é muito difícil imaginar o dia a dia sem ele.

A demora da aprovação ocorreu devido a vários motivos.

Para diminuir a oferta das águas engarrafadas, a cidade deve contar com uma boa infraestrutura de água potável para os cidadãos.

Contudo, em eventos ou feiras de rua, a água engarrafada tem função bastante importante.

Em outubro de 2014 a Cidade começou a ação de banir as vendas de água em garrafas plásticas.

Entretanto, a ausência desse produto, contudo, não será imediata.

Um período de quatro anos foi oferecido para as adaptações no setor.

Que impactará não só as empresas fornecedoras.

Como também os operadores de caminhão e demais envolvidos na distribuição.

Por isso, ao longo desses próximos quatro anos, a proibição pretende  eliminar gradualmente a comercialização das águas engarrafadas.

Além do fator ambiental, o plástico também contamina á água com xenoestrógeno.

A proposta imposta da campanha “Pensar fora da Garrafa”, é criar um esforço nacional que incentive o uso do produto “eco amigável”

Reduzindo então os impactos ambientais gerados pela fabricação e o descarte do PET, gerando menores quantidades de lixo e poluição.

POSICIONAMENTO

Após cobranças e protestos realizados por ativistas globais, as autoridades locais apresentaram unanimidade e determinaram a possibilidade de ser liberado o comércio das águas engarrafadas que comportem mais de 600 ml.

A cidade quer reduzir o desperdício a zero até 2020.

Atualmente, sua taxa de desvio ultrapassa 80 por cento.

São Francisco e a proibição das águas engarrafadas.

Joshua Arce, presidente da Comissão do Meio Ambiente, disse que:

“A proibição é um passo a frente na nossa meta de lixo-zero.

Tivemos grandes eventos públicos ao longo de décadas, principalmente nos anos 90 onde não era comum a venda das águas em garrafas de plástico, e vamos fazer bem sem elas novamente”

O Presidente do Conselho de Supervisores, David Chiu, responsável pela proposta que demorou nove meses para se tornar realidade, declarou :

“Todos nós sabemos da importância de se combater as mudanças climáticas, São Francisco tem liderado a luta por nosso meio ambiente”.

Depoimentos ouvidos:

Durante sua fala ao San Francisco Bay Guardian, o líder também mostrou uma garrafa com 25% de sua capacidade preenchida com óleo.

Isso para representar a quantidade de petróleo usada na fabricação e transporte de garrafas d’água.

Chiu lembrou que antes da década de 90 as garrafas plásticas quase não eram utilizadas.

Portanto não são itens necessários para manter a qualidade de vida da população.

A Beverage Association americana (ABA), que inclui a Coca-Cola Co. e PepsiCo, disse em um comunicado que a proibição era “nada mais do que uma solução em busca de um problema.

Esta é uma tentativa equivocada por parte dos supervisores da cidade para diminuir o desperdício em uma cidade de recicladores ávidos “.

São Francisco e a proibição das águas engarrafadas.

SERVINDO DE INCENTIVO

A partir da campanha, a mesma atitude tem sido replicada em outras localidades.

Ainda nos EUA, a Universidade de Seattle proibiu o comércio das garrafas de água em seu campus.

Na Austrália, a comunidade de Bundanoon foi a primeira a banir as águas engarrafadas.

Consumir água alcalina ionizada é também uma escolha ecológica e uma alternativa á água Mineral.

Apesar das dificuldades para implantar dessa lei, posturas assim provocam reflexões.

Pequenas mudanças de hábito como sair com a sua própria garrafinha pode fazer grande diferença para a redução da produção de lixo.

E ainda diminuir consideravelmente os custos ao sair de casa.

Leia mais sobre os riscos e os perigos das águas engarrafadas em uma matéria passada aqui do blog: http://goo.gl/FETCbO

Fontes: Ciclo Vivo http://goo.gl/tp7l6h, Global Flare http://goo.gl/icxXSr

24 de março de 2016