Abelhas contra extinção global – taxa alarmante e desequilíbrio

A ameaça da extinção global  assusta.

O desaparecimento de abelhas de várias espécies polinizadoras vem preocupando pesquisadores no mundo todo.

Elas são prestadoras de inestimáveis serviços ambientais e respondem pela polinização de 71 dos 100 tipos de colheita que alimentam e vestem a humanidade.

Segundo relatório da ONU do ano de 2010.

A extinção Global das mesmas é assunto de suma preocupação pois tal fenômeno tem forte impacto na produção agrícola.

E na segurança alimentar também.

Podendo desestabilizar o preço dos alimentos ameaçando a viabilidade de culturas.

Portanto, contribuem bilhões de dólares em rendimento de alimentos que estão em risco.

Aproximadamente, cerca de 3/4 de culturas alimentares do mundo dependem da polinização por insetos como por exemplo:

  • Maçãs
  • Chocolate
  • Cenoura
  • Café

Em 2006, o declínio da população de abelhas foi notado nos EUA e denominado Colony Collapse Disorder (Desordem de Colapso da Colônia).

As abelhas saem das colmeias para a polinização e simplesmente não retornam, morrendo longe de casa.

Em pouco tempo a colmeia entra em colapso.

As abelhas desempenham um papel significativo na produção de alimentos do mundo.

Pesquisas revelam vínculos entre o desaparecimento e a proliferação de pesticidas.

Que infligem danos à capacidade de navegação dos insetos.

Foi registrado que dezenas de milhões de abelhas perto de Ontário, Canadá, caíram mortas na sequência de uma plantação de milho geneticamente modificado.

Inúmeras colmeias do país foram completamente extintas em somente seis anos ocasionando um prejuízo de milhões de dólares.

No Brasil, há registros sobre a mortalidade súbita de abelhas desde 2007 no:

  • Piauí
  • Rio Grande do Sul
  • Santa Catarina
  • Minas Gerais
  • São Paulo

Levando então alguns apicultores a enfrentarem problemas, mas não na mesma intensidade da morte das abelhas nos EUA e Europa.

LUTA CONTRA OS PESTICIDAS

Os pesticidas são uma causa de perdas importantes.]

E expõe as abelhas a situações de toxicidade aguda, em que morrem de uma vez.

Mas há outras em que doses sub-letais podem fazê-las perder o rumo e não voltar ao ninho.

Por mais de uma década , a Agência de Proteção do Ambiente tem estado sob pressão de ambientalistas e apicultores.

Tudo para reconsiderar a sua aprovação de uma classe de inseticidas chamado neonicotinóides, como é o caso da gigante marca europeia Bayer.

Embora a indústria de agrotóxicos e o governo inglês neguem os danos causados aos insetos, os neonicotinoides, largamente usados na Europa já foram proibidos na Alemanha, na França e na Itália.

Devido ao seu alto grau de persistência, os neonicotinóides podem permanecer no solo durante vários anos.

Os cultivos onde foram utilizados agrotóxicos anteriormente podem levar as toxinas para o solo através de suas raízes.

A situação é tão complicada que a União Europeia baniu, o uso de alguns tipos de pesticida pelos próximos dois anos.

Se as abelhas sumirem, boa parte dos vegetais também deixará de existir, isso porque elas são responsáveis pela polinização de até 90% da população vegetal.

O colapso das colmeias coloca em risco não só as abelhas.

Mas toda a produção de grãos e frutas que dependem da polinização.

Estatisticamente, um em cada três alimentos que você coloca em sua boca hoje é o resultado do trabalho de uma abelha.

Abelhas contra extinção global

Isso inclui o nosso bem-estar financeiro:

cerca de US $ 235 a US $ 577 bilhões em culturas globais poderiam ser afetadas anualmente, conclui-se assim que, 16% dos atuais polinizadores vertebrados globais estão a caminho da extinção global.

Apesar de o problema parecer simples no quadro geral, ele é muito mais complexo por não haver soluções imediatas que possam ser realizadas.

A extinção das abelhas pode causar um gravíssimo desequilíbrio no ecossistema e representar o fim da presença humana no planeta Terra.

É hora de exigir dos governos, o máximo controle do uso de agrotóxicos.

Fontes: Mother Jones http://goo.gl/YVHHFX, CNN http://goo.gl/BJklOH

10 de março de 2016